Ibovespa avança 1,36% com dados de inflação nos EUA e melhoria na China
A inflação mais fraca nos Estados Unidos e melhora do ambiente político na China foram principais motivadores das altas no mercado financeiro.

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,36%, atingindo os 119.263 pontos nesta quinta-feira (13). O principal índice da Bolsa brasileira seguiu as notícias provenientes do exterior e foi impulsionado pelas empresas exportadoras de commodities.
Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também registraram altas de 0,14%, 0,85% e 1,58%, respectivamente.
A desinflação nos dados de inflação dos Estados Unidos favoreceu as taxas de juros globalmente e aumentou o apetite por risco, impulsionando o mercado. A economia americana mostrou sinais de desaceleração, com o índice de inflação ao produtor (PPI) subindo 0,1% em junho, abaixo das expectativas, e o número de pedidos de seguro-desemprego ficando abaixo das estimativas.
Esse cenário econômico, no qual a economia dos EUA se mantém aquecida sem recessão, enquanto a inflação perde força, é considerado positivo pelos especialistas.
Como resultado, o dólar enfraqueceu globalmente, com o índice DXY caindo 0,75% e atingindo o menor patamar desde o início do ano passado. Em relação ao real, o dólar recuou 0,57%, fechando em R$ 4,79.
Além dos EUA, a melhoria do ambiente político na China também contribuiu para o cenário positivo. O encontro entre o primeiro-ministro chinês e gigantes da tecnologia foi bem recebido, reduzindo as tensões e impulsionando as bolsas chinesas.
Esses fatores resultaram em um fluxo comprador para a bolsa brasileira, especialmente para empresas ligadas ao setor de commodities, como petróleo, mineração e siderurgia.
As ações de empresas exportadoras de commodities tiveram altas expressivas no Ibovespa, com destaque para Usiminas (USIM5), 3R Petroleum (RRRP3), CSN (CSNA3), Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4).
No cenário interno, o dia foi marcado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre possíveis cortes de juros pelo Banco Central e benefícios tributários da reforma em andamento.
Em relação aos juros brasileiros, houve uma leve tendência de alta na curva de juros, com exceção dos contratos para 2024, que apresentaram uma pequena queda.
O mercado segue atento aos movimentos internacionais e aos desdobramentos políticos e econômicos tanto no Brasil quanto no exterior.
Fontes:
Imagem: caioacquesta / shutterstock.com – Edição: investidor.net