As ações da Eletrobras (ELET3) apresentaram alta após a divulgação de notícias que indicam uma possível “trégua” entre a empresa e o governo federal. Após a privatização da Eletrobras em 2022, o governo tem demonstrado interesse em reestatizá-la, enquanto a atual administração busca aumentar sua participação na companhia. No entanto, rumores de mercado apontam que o Ministério de Minas e Energia propôs à Eletrobras a antecipação do fluxo de pagamentos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) em troca de “apaziguar” a questão da privatização e possivelmente desistir da reestatização.
A proposta envolve destinar os recursos antecipados da CDE para modicidade tarifária, visando reduzir as tarifas de energia. A CDE é um fundo setorial que financia políticas públicas com recursos de subsídios privados e públicos. Segundo a Genial Investimentos, ainda faltam R$ 10,9 bilhões a serem pagos pela Eletrobras até 2047, de acordo com o fluxo estabelecido na privatização.
Se confirmada a antecipação dos pagamentos, esse evento poderia trazer dois benefícios: gerar valor para os acionistas ao antecipar os fluxos de pagamento a uma taxa de desconto razoável e reduzir o risco político relacionado à empresa. A Genial Investimentos ressalta que, apesar de aumentar o endividamento da empresa, a relação entre dívida líquida e EBITDA ainda seria razoável para investimentos ou pagamento de dividendos.
Com base nessas informações, a Genial recomenda a compra das ações da Eletrobras (ELET3), com um preço-alvo de R$ 52, representando um potencial de valorização de 30% em relação ao fechamento anterior.
O possível acordo entre a Eletrobras e o governo pode trazer oportunidades para os investidores, impulsionando o desempenho das ações da empresa. Acompanhar os desdobramentos dessa negociação e entender os impactos financeiros e estratégicos para a Eletrobras são aspectos importantes para os interessados no mercado elétrico brasileiro.
Fontes:
Imagem: Sidney de Almeida / shutterstock.com – Edição: investidor.net