
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou projeções alarmantes para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global nos próximos cinco anos. Segundo a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, a estimativa é de um crescimento de apenas cerca de 3%, representando a projeção média de médio prazo mais fraca em várias décadas.
Georgieva atribui essa perspectiva negativa a uma combinação de fatores, incluindo a guerra na Ucrânia, que impactou negativamente a recuperação econômica pós-pandemia. Os efeitos combinados desses choques externos resultaram em um crescimento mais lento e inflação alta.
Embora as taxas de inflação estejam caminhando na direção correta, Georgieva enfatiza que ainda não é suficiente para que os bancos centrais relaxem suas políticas restritivas. Ela destaca que o aumento sincronizado das taxas de juros tem ajudado a lidar com a pressão inflacionária, mas essa abordagem também apresenta desafios para revitalizar o crescimento econômico.
Além disso, Georgieva ressalta que as economias emergentes e em desenvolvimento enfrentam um maior aperto nas condições financeiras, o que pode afetar o fluxo de capitais. A combinação de crescimento global mais lento, inflação elevada e um dólar forte dificulta a redução da dívida soberana, especialmente para os países de baixa renda.
Para lidar com esses desafios, Georgieva destaca a importância de políticas macroeconômicas sólidas e intervenções no câmbio e medidas de capitais para estabilizar os fluxos financeiros. No entanto, ela enfatiza que tais ações não devem substituir a necessidade de fundamentos econômicos fortes.
Essas projeções preocupantes e os possíveis impactos do redirecionamento de investimentos devido à fragmentação geopolítica reforçam a necessidade de uma abordagem cautelosa e estratégica para impulsionar o crescimento econômico global nos próximos anos.
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Imagem: Kristi Blokhin / shutterstock.com – Edição: investidor.net