Tesouro Direto: Taxas de Títulos de Inflação Caem para Até 5,47% com Repercussão do IPCA-15
Tendências e Ajustes no Tesouro Direto com a Surpreendente Repercussão do IPCA-15

Nesta terça-feira, os investidores do Tesouro Direto observaram uma queda nas taxas dos títulos públicos de renda fixa, em resposta à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de novembro. O IPCA-15, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou um avanço de 0,33%, superando as expectativas do mercado.
Cenário da Inflação
O resultado do IPCA-15 surpreendeu positivamente a BGC Liquidez, que mantém a visão de um cenário de desinflação constante. Rafael Costa, analista da BGC Liquidez, destaca os bons resultados na inflação de serviços subjacentes e na média da inflação dos núcleos. No entanto, alerta para um possível impacto negativo nos próximos meses devido ao aumento nos preços de alimentos, que registraram alta de 0,82% em novembro.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, classificou o indicador como “um pouco pior” em comparação ao mês anterior, apesar de ainda se manter em um nível tranquilo. O grupo Alimentação e Bebidas foi o que teve o maior impacto no índice, contribuindo com 0,17 ponto percentual.
Movimentações no Tesouro Direto
No mercado do Tesouro Direto, os títulos atrelados à inflação apresentaram queda nas taxas. O título de inflação com vencimento em 2029, por exemplo, entregava um juro real de 5,47% ao ano na primeira atualização do dia, contra 5,51% no dia anterior. A taxa do Tesouro IPCA+ 2045 caiu de 5,80% para 5,77%, enquanto a do Tesouro IPCA+ 2055 recuou de 5,78% para 5,76%.
Os títulos prefixados também registraram redução nas rentabilidades. O Tesouro Prefixado 2033, por exemplo, apresentou uma taxa de 10,94%, ante 11,09% no dia anterior. O Tesouro Prefixado 2029 viu sua taxa cair de 10,88% para 10,74%, enquanto o título com vencimento em 2026 entregou uma rentabilidade anual de 10,15%, contra 10,23% na véspera.
A queda nas taxas dos títulos públicos de renda fixa no Tesouro Direto reflete as reações do mercado ao IPCA-15 de novembro, que superou as expectativas. Apesar do cenário de desinflação constante destacado por alguns analistas, o aumento nos preços de alimentos permanece como um ponto de atenção. Os investidores estão atentos às movimentações no Tesouro Direto, ajustando suas estratégias em resposta às condições econômicas e às expectativas de inflação.