Volume de Crédito Ampliado no Brasil Atinge R$ 15,6 Trilhões, Crescendo 0,9% em Outubro, Segundo o Banco Central

O Banco Central do Brasil anunciou que o volume de crédito ampliado ao setor não financeiro registrou um aumento de 0,9% em outubro, atingindo a marca de R$ 15,6 trilhões, equivalente a 147,3% do PIB. Diversos fatores contribuíram para esse crescimento, destacando-se os títulos de dívida e a dívida externa. O panorama do crédito direcionado e livre às empresas e famílias também apresentou dinâmicas distintas.

Destaques

1. Crescimento Expressivo: O saldo do crédito ampliado teve uma expansão significativa de 0,9% em outubro, totalizando R$ 15,6 trilhões, indicando uma robustez no sistema financeiro nacional.
2. Contribuição dos Títulos de Dívida: O aumento foi impulsionado principalmente pelos títulos de dívida, que apresentaram um crescimento de 1,3%, e pela dívida externa, que registrou uma elevação de 0,6%, destacando a importância desses instrumentos no mercado.

Setores e Segmentos:

• • Empresas (R$ 5,5 Trilhões): O crédito ampliado às empresas alcançou R$ 5,5 trilhões, com um acréscimo de 0,3% no mês. O destaque foi o crescimento de 2,3% no saldo dos títulos de dívida securitizados.
  • Famílias (R$ 3,7 Trilhões): O crédito ampliado às famílias atingiu R$ 3,7 trilhões, com expansões de 0,8% no mês e 9,6% em doze meses, evidenciando o aumento nos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Volume Total do SFN (R$ 5,6 Trilhões)

O volume total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 0,1% em outubro, com movimentos distintos nas carteiras de pessoas jurídicas e físicas, refletindo uma dinâmica variada no mercado.

Custo do Crédito e Inadimplência:

• • Indicador de Custo do Crédito (ICC): O ICC diminuiu 0,3 pontos percentuais em outubro, alcançando 22,1% ao ano, indicando uma possível redução no custo médio do crédito.
  • Inadimplência (3,4%): A inadimplência do crédito total do SFN recuou para 3,4% em outubro, com carteiras de pessoas jurídicas e físicas apresentando quedas de 0,1 ponto percentual.

Endividamento e Comprometimento das Famílias:

• • Endividamento (47,7%): O endividamento das famílias chegou a 47,7% em setembro, registrando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior.
  • Comprometimento de Renda (27,4%): O comprometimento de renda reduziu para 27,4% em setembro, indicando uma menor parcela do orçamento familiar destinada ao pagamento de dívidas.

O aumento no volume de crédito ampliado reflete uma tendência positiva na economia brasileira, impulsionada pelos títulos de dívida e dívida externa. Apesar das dinâmicas distintas nos setores e segmentos, a redução no custo do crédito e na inadimplência sinaliza um ambiente mais favorável para tomadores de empréstimos. O monitoramento contínuo desses indicadores é essencial para avaliar o impacto no crescimento econômico e na estabilidade financeira.